quinta-feira, janeiro 03, 2008

A minha passagem de ano

Muito generoso, inteligente e com grande sentido de humor. Basta dar uma volta pelos blogs para ver que toda a gente diz o mesmo sobre o Olímpio, e eu não sei acrescentar nada. Leiam, por exemplo, o José Mário Silva, que o encontrava nos mesmos sítios que eu.


Tive a notícia pelo jornal, duas ou três horas antes da mudança do ano, entre a crónica do Rui Tavares e o anúncio necrológico. Mesmo depois de os ler, demorou uma meia-hora até cair a ficha, perceber que o Olímpio era mesmo o Olímpio. Ao princípio, foi literalmente inconcebível; depois, admiti a ideia, e mais tarde ganhei coragem para falar dela. Houve uma coisa, no entanto, que ajudou a perceber que era ele mesmo: uma linha só, no anúncio do funeral, que sugeria ser ele, porque não se escrevem coisas assim para muita gente.
É banal dizer que é uma morte injusta. Neste caso, provavelmente só os que o tiverem conhecido saberão o que isto significa.